quarta-feira, 21 de março de 2012

A covardia que há dentro de nós

Dizem às más línguas que o baiano pode deixar para depois de amanhã o que se pode fazer hoje!
O que tenho a compartilhar é que a grande massa esmagadora do planeta tem o hábito de deixar para o nunca, o que se pode fazer todos os dias: tentar ser feliz!
 A vida é tão curta para deixar para depois...
E o pior de tudo está por vir... Por medo do incerto e daquilo que não se prevê (ou se vê), nós nos prendemos nas amarras do hoje para não sofrer no amanhã. Ficamos cegos na rotina que nos mata, e deixamos de lado o nosso comportamento instintivo, esquecemos de farejar e buscar aquilo que é a peça alvo do nosso desejo!
Muitas vezes ficamos presos ao comum, o conhecido, o confortável, porque esse lugar não requer nenhum esforço, energia e ainda reforça o nosso pior defeito: a covardia que ha dentro de nós!
Covardia e a comodidade andam tão juntas, tão unidas, que constroem em nós um falso ideal de satisfação e felicidade, e nós vamos deixamos as coisas simplesmente como estão.
Na história da vida, bem sucedidos foram os que ousaram, abusaram e não se acovardaram. Aliás, felicidade tem lá as suas controvérsias.
Para alguns,ser feliz não significa estar sorrindo todos os dias, ou não deixar lágrimas caírem no nosso rosto. O que se sabe é que a felicidade deixa marcas e ela existe apenas para os que lutam e não se intimidam com o primeiro tropeço. Felicidade não é para os fracos!
Famoso por sua história de vida Wisnton Churcil tinha visão. Segundo ele o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade. Outro destaque na história é Charles Chaplin que mesmo com todas suas dificuldades na infância reinventou no cinema, através de suas mímicas, uma arte antiga, porém esquecida no coração dos meros mortais: a arte de tocar o coração do outro sem palavras.
Não é a toa que já diz Jô Soares: “as pessoas estão tão acostumadas a ouvir mentira, que sinceridade demais choca e faz com que você pareça arrogante.”
Eu diria mais... A pior verdade é aquela que existe dentro de nós, que não quer calar... Que te empurra a ir atrás daquilo que se quer, mas que se cala diante do racional e não te deixa ir além.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O mais belo da vida e o feio

É impressionante como o ser humano tem a capacidade de se pré-ocupar com tantos pensamentos que na sua grande maioria não se completa.
Nós tendemos a viver o hoje pensando no dia de amanhã, nas nossas aspirações, sonhos de consumo e de vida afetiva perfeita. Mas muitas vezes esquecemos o caminho de como se chega lá. A internet para piorar, cada vez mais ajuda a reforçar esse comportamento pré ocupante, que vai enchendo os nossos seres de propagandas que piscam: COMPRE, TENHA , SEJA, GANHE...
As imagens de comercial de família feliz vão se proliferando na rede, corpos sarados, boêmias desenfreadas, e as pessoas dando conta de tudo em um perfeito esplendor. O mais belo da vida vai se apresentando em competições de fotografias felizes e representações cinematográficas.
Mais e o feio? A dor? A batalha? E o caminho percorrido até sair bonito na foto, por favor... Digam-me onde fica!
Será que tudo isso é uma representação para esconder o difícil? Ou seria o ego inflado das pessoas na busca da perfeição que não admite falhas? Seria  o ego destroçado que insiste em mostrar algo que não é?
Os perfeitos que me desculpem. Mas nas páginas da vida, o bonito no seu íntimo é conviver com o feio e gostar dele mesmo assim!  É se olhar no espelho com todas as suas imperfeições e saber que tem gente que simplesmente te ama, te quer e não vive sem os seus maiores defeitos, no desafio que se chama: amar você do jeito que você é!
Bonito é ocupar-se com hoje, com a tarefa e o trabalho sem as pré-ocupações com o vazio, até que  o fútil e o desnecessário vá desocupando a sua mente e vida para fazer do amanhã um dia mais belo.
As (os) lindas (os), as(os) saradas(os), as perfeitas (os) que me desculpem, mas a plenitude do belo chega através dos caminhos mais imperfeitos e improváveis que os preocupados se esquivam o tempo todo.
Antonia Aguiar